6 de jun. de 2011

Pergunta: Onde faz sempre bom tempo? Resposta: Na própria avidez transbordante do tempo!

(Arquivo pessoal - Foto tirada no Sítio de Estivas - 2010)


Depois de muito tempo o tempo retorna querendo mais. Não vejo muito claro os traços desse novo encontro, mas percebo a indiferença do tempo que chega sem permissão para testar a solidez do que foi edificado. Será de argila? Será de barro? Será de palha? Não se sabe, ardiloso senhor das seleções naturais! Ainda existe aqui os declínios e retas postas e construídas por aqueles que condizem e que são os afins. Diga logo a notícia que remete ao passado. Traz todo fervor e o impacto de seu sopro. Você que concede dias para que haja estabelecimento, porém não divulga fórmulas ou roteiros. E agora aqui, explana todo o fervor da notícia sem ao menos perguntar se era bem vinda (apesar de sempre esperada). Saiu leve, rouca, com justificativas e necessidade de recorrência. O que não era esperado? Ou, o que esperava-se? A dúvida paira, a face ruboriza, o olho aperta, a mente recorre as íntimas lembranças e os fatos aparecem picados em cada lance das memórias. Esse tempo provido de astúcia e tão pouco benevolente que empurra a tão esperada e temida notícia! Derrepente parou, escutou os sons de seu tempo passado, escutou as imagens projetadas das íntimas lembranças em sua cabeça. O tempo retrucou e abriu um sorriso em raão do que encontrou após tanto tempo: haviam lágrimas, um sorriso manso, um olhar redentor, uma serenidade rodeada de questionamentos sóbrios, um caminho pintado com pinceladas nem sempre tão sóbrias. Traços realmente claros, as vezes efêmeros, mas extremamente sólidos. Do que foi feito tudo isso? Como conseguiu? Diz o tempo relutando. A resposta veio e apresentou-se, não com falas, mas com fisgadas do próprio tempo: é de pessoas, é de abraços, é de apertos e travessuras, é feito de mim, é conduzido por algo que supera o eu (algo que me pega na mão e me puxa correndo até esvair o que consome, como agora), é feito de algo que nem o tempo explica, simplesmente aparece quando os olhos desejam estar em todos os lugares e explodem com a imensa vontade de acontecer.

5 comentários:

  1. Sou até capaz de ouvir a Maria Betânia declamando esse seu texto!!! Muito lindo, meu lindo!

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  2. Nossa amigo, vc esta super inspirado ein, acho que tem ajuda da Alice, kkkk
    bjim Carol

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  3. kkkkkkkkkkkkk...bobagem gente.... bem que eu gostaria... as vezes sinto saudades..... hehe

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